Transcrevo parte do artigo de Alberto Tamer em O Estado de São Paulo, Economia, página B9, edição de 27/01/2007. São dois boxes que analisam o Brasil ante a crise mundial atual.
Então tudo bem para nós? Não, porque, se nos preparamos para o presente, não estamos preparados para o que pode vir por aí. Esta coluna tem insistido reiteradamente na tese defendida pelos economistas independentes de que qualquer desaceleração da economia mundial já nos afetará este ano. Acabou a fase de reduzir juro, ainda altíssimos, e o Banco Central já está preparando os espíritos para aumentá-lo.
Leveza em Brasília
A propósito aconselho todos a ler o lúcido artigo publicado sexta-feira no Estado, do economista Rogério Werneck Sodré, doutor por Harvard, intitulado "Abusando da sorte". Ele analisa a "leveza" (eu seria mais incisivo...) com que o governo vem se preparando para lidar com os dois problemas que, está mais do que claro, terá de enfrentar: o racionamento de energia e a desaceleração da economia mundial, decorrente da situação do mercado financeiro internacional. Nos dois casos afirma Wenwck Sodré, o quadro é intrincado, "mas lulas parece não se incomodar". A mesma equipe que nos levou a essa situação energética continua no governo sob o comando da ministra Dilma Rousseff, o novo ministro da área (Edison Lobão) é um político (profissional) totalmente virgem no setor. Já disse que estava lendo sobre o assunto e irá decidir como evitar a falta ou escassez de energia! Isso originou até um artigo irônico do Economist. Na verdade, eu acredito na área dos ministérios econômicos, todos continuam embevecidos com o crescimento deste ano. Parece que, sob o pano de fundo interno e externo, o presidente decidiu baixar um decreto que exige chuvas nos reservatórios, proíbe a falta de energia e declara que não temos nada com a dívida externa. Não é nossa, é deles. Dá para acreditar em tanta insensatez? Acho melhor eu ficar quieto, se não o presidente vai me acusar de "derrotista".
Tamer e Suely Caldas são dois expoentes do jornalismo econômico brasileiro, veteranos no ofício, muita bagagem, e um terrível pecado na atualidade: são independentes.
A propósito aconselho todos a ler o lúcido artigo publicado sexta-feira no Estado, do economista Rogério Werneck Sodré, doutor por Harvard, intitulado "Abusando da sorte". Ele analisa a "leveza" (eu seria mais incisivo...) com que o governo vem se preparando para lidar com os dois problemas que, está mais do que claro, terá de enfrentar: o racionamento de energia e a desaceleração da economia mundial, decorrente da situação do mercado financeiro internacional. Nos dois casos afirma Wenwck Sodré, o quadro é intrincado, "mas lulas parece não se incomodar". A mesma equipe que nos levou a essa situação energética continua no governo sob o comando da ministra Dilma Rousseff, o novo ministro da área (Edison Lobão) é um político (profissional) totalmente virgem no setor. Já disse que estava lendo sobre o assunto e irá decidir como evitar a falta ou escassez de energia! Isso originou até um artigo irônico do Economist. Na verdade, eu acredito na área dos ministérios econômicos, todos continuam embevecidos com o crescimento deste ano. Parece que, sob o pano de fundo interno e externo, o presidente decidiu baixar um decreto que exige chuvas nos reservatórios, proíbe a falta de energia e declara que não temos nada com a dívida externa. Não é nossa, é deles. Dá para acreditar em tanta insensatez? Acho melhor eu ficar quieto, se não o presidente vai me acusar de "derrotista".
Tamer e Suely Caldas são dois expoentes do jornalismo econômico brasileiro, veteranos no ofício, muita bagagem, e um terrível pecado na atualidade: são independentes.
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