30 de jan. de 2008

Comissão de ética

Nenhuma das autoridades, porém, têm a coragem de propor abertamente o fim da Comissão de Ética Pública, criada em maio de 1999 para fazer frente à crescente sensação na sociedade de que agentes públicos têm a prerrogativa da impunidade
Raros são os ministros que afrontam abertamente a Comissão de Ética Pública, mas muitos são os que falam mal dela no lusco-fusco de gabinetes, protegidos pelo anonimato. Entre os ousados - não chamemos de corajosos em respeito ao adjetivo -, só dois até agora disseram, com todos os efes e erres, o que pensam das recomendações da comissão.
Carlos Lupi, do Trabalho, não só ignora a orientação para que opte entre o ministério e a presidência do PDT, como passou a presidir atos do partido no horário do expediente, e Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, já avisou aos navegantes que atenderá a quantos convites lhe forem feitos por empresas privadas para desfiles e festas de carnaval, a despeito do gesto ser considerado impróprio pela comissão.
Os demais dividem-se entre os que consultaram e seguiram a orientação sobre conflito de interesses e os que se calam em público, mas, no particular, criticam a "hipocrisia" da comissão e suas exigências, consideradas excessivas, não raro mais realistas que a lei.

Leia a matéria de Dora Kramer no Jornal Cruzeiro do Sul

Um comentário:

Getulio Jucá disse...

Tudo isto ocorre pq somos uma sociedade carente de um Presidente com postura ética e decência.
Que exigisse o cumprimento das leis.
Que desse bom exemplo em seus atos e atitudes.

Por isso, dá no que dá, todos fazem o que querem no Brasil.