
Villas-Bôas Corrêa no Jornal do Brasil
O presidente Lula debitou à derrota do Corinthians e ao pinote dos juros o torcicolo que o obrigou a proteger o pescoço endurecido, com aborrecimentos que perturbam o sono e estragam a noite.
Mas, sem querer duvidar do diagnóstico presidencial, peço licença para meter o bedelho na curiosa controvérsia. E, com a força do hábito de quase 60 anos de ininterrupta militância no jornalismo político, desconfio de que o presidente está esvaziando a importância de um raro torcicolo e que, melhor administrado pode oferecer um bom rendimento político.
Não se insinua a fraude de um falso alarme, pois afinal e felizmente, com ungüento doméstico, Lula pode amanhecer com o pescoço em melhor forma do que o desconjuntado time do Corinthians.
Mas, que diabo, um pouco de jogo de cintura ajuda a contornar embaraços e a exorcizar a fase azarenta que mais do que o aparelho que imobiliza o seu pescoço, com pequenas, médias e algumas mais cabeludas crises pipocando por todos os lados.
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