Por Fabiana Sanmartini
Estão reacesas as discussões sobre guarda compartilhada, mas...o que é isso afinal. É o direto DO MENOR, filho de pais separados, ter pai e mãe. Ou seja a lei permitir a presença, convivência e sustento do menor por ambos, pai e mãe.
De tudo isso questiono apenas a moradia, acho confuso morar em duas casas ao mesmo tempo, perde-se a referencia. Como sou mãe de quatro filhas, separada, me sinto bem à vontade de falar sobre esse assunto. Façamos um breve histórico, num misto de grito e fervor feminista em 25 de abril de 1974, no Parque Eduardo VII, (foto) em Lisboa, as mulheres reuniram-se em uma assembléia para queimarem seus sutiens. Era a simbologia que terminaria com o machismo e daria as mulheres direitos iguais. Iguais oportunidades de emprego, iguais salários, iguais direitos e iguais deveres. Isso nunca aconteceu, galgamos um caminho, mas, na maioria das casas o que as mulheres conseguiram foi jornada dupla de trabalho, com salários inferiores. Daí vieram as conseqüências, uma série de produções independentes, onde os filhos eram criados sem uma imagem de pai, filhos tardios ou inexistentes com a desculpa da carreira, o que são opções, mas que mantiveram os salários inferiores e a rotina da casa por conta da batuta feminina.
Espero realmente que a aprovação de lei traga benefícios reais a criança que não se separa do pai e nem da mãe, estes são eternos e mesmo quando não estão ao nosso lado norteia muitas das nossas atitudes.
Estão reacesas as discussões sobre guarda compartilhada, mas...o que é isso afinal. É o direto DO MENOR, filho de pais separados, ter pai e mãe. Ou seja a lei permitir a presença, convivência e sustento do menor por ambos, pai e mãe.
De tudo isso questiono apenas a moradia, acho confuso morar em duas casas ao mesmo tempo, perde-se a referencia. Como sou mãe de quatro filhas, separada, me sinto bem à vontade de falar sobre esse assunto. Façamos um breve histórico, num misto de grito e fervor feminista em 25 de abril de 1974, no Parque Eduardo VII, (foto) em Lisboa, as mulheres reuniram-se em uma assembléia para queimarem seus sutiens. Era a simbologia que terminaria com o machismo e daria as mulheres direitos iguais. Iguais oportunidades de emprego, iguais salários, iguais direitos e iguais deveres. Isso nunca aconteceu, galgamos um caminho, mas, na maioria das casas o que as mulheres conseguiram foi jornada dupla de trabalho, com salários inferiores. Daí vieram as conseqüências, uma série de produções independentes, onde os filhos eram criados sem uma imagem de pai, filhos tardios ou inexistentes com a desculpa da carreira, o que são opções, mas que mantiveram os salários inferiores e a rotina da casa por conta da batuta feminina.
Espero realmente que a aprovação de lei traga benefícios reais a criança que não se separa do pai e nem da mãe, estes são eternos e mesmo quando não estão ao nosso lado norteia muitas das nossas atitudes.
Durante anos, e ainda hoje, ter filhos foi considerado um investimento. Com a separação vinham às seqüências audiências e exigências das mães de dinheiro para manter o rebento. Em casa, desfiava-se o rosário de “aquele sem vergonha, descarado, amoral” ou pior “se você continuar me desobedecendo vou te mandar pro seu pai, aquele infeliz”, “ para com isso ou vai ficar como seu pai, aquele desgraçado que não nos dá um tostão”. Do lado dos pais ouvia-se, “aquela sem vergonha te manda pra cá pra sair com os machos dela”, sua mãe quer meu dinheiro pra comprar roupa de marca”. Num jogo absurdo de empurra, destruia-se concomitantemente a imagem materna e paterna sem pensar nem por um minuto na saúde física e mental da criança. Com a lei de guarda compartilhada fica preservada a criança o direito de ter pai e mãe que mesmo separados, DIVIDEM, não só as despesas mais também a criação do menor. E criação vale lembrar, precisa de dinheiro, mas precisa muito de carinho, amor e respeito. A lei termina com a filho galinha dos ovos de ouro e praticamente obriga as pessoas a se respeitarem, porque se houve um casamento, este deve ter ocorrido por amor, simpatia, seja lá pelo que foi, gerou um filho que é responsabilidade de ambos. Perde a industria da pensão ganham os filhos a presença do pai, perde a industria da difamação e a mulher garante o direito de refazer a vida sem ser ameaçada com a perda da guarda do filho. Ganha quem deveria ganhar, a criança. E quanto as despesas...ué, não é este o grito que se ouve todos os dias por direitos iguais? Ele foi ouvido, que dividam-se as despesas, a convivência, a responsabilidade pela trabalhosa mais doce tarefa de se ter filhos!
Um comentário:
Prezado GIULIO,
Artigo bem colocado por Fabianna. Os problemas de jogo de empurra e desfavoráveis ao pai se deu comigo por muitos anos.
Esta lei da guarda compartilhada chegou muito tarde para mim.
Tive três filhos, são adultos e tenho netos. Por incrível que pareça a dita justiça no Rio de Janeiro sempre foi desfavorável à minha pessoa:
- O filho mais novo tem 40 anos e ainda pago pensão para a mãe deles. Depois de lutar muito e gastar muito dinheiro com advogados, consegui redução de 20% para 16% de meus ganhos líquidos, após muitos anos. Não se consegue entender isto.
Basta dizer que uma certa vez um juiz falou para mim, em audiência, que iria manter a pensão dela para manter o "status" dela. Só que não escreveu!
Outras pessoas devem ter passado por muitos dissabores como passei. Espero que haja consciência entre juízes sobre a nova lei favorecendo as crianças.
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