14 de jul. de 2007

Para Os Trabalhadores

Por Fabiana Sanmartini


Agora fedeu! Se foi o tráfico que executou as 19 vítimas do dia 27/junho, porque as provas desapareceram? Sim, porque bandido rouba, tortura, mata, não precisa ameaçar, nem dar fim a provas, porque é isso que se espera de bandidos. Então a confusão está cada vez maior. Vamos lembrar. Por conta da desorganização violenta da polícia na invasão do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e outras entidades ligadas aos direitos humanos, quiseram acompanhar a necropsia dos assassinados no dia 27. Pedido negado pelo estado. Tiveram acesso apenas aos laudos. Com a colaboração de quem já sofre demais, as famílias autorizaram as exumações. Todas as famílias! O que já faz pensar, até as famílias dos que possivelmente tinham algum tipo de envolvimento com o tráfico. Se junta a isso a denuncia de saques a casa dos moradores do Complexo pela polícia.
Pós exumação o laudo do perito, Odorilton Larocca Quinto, indicado pelo Ministério de Segurança Pública, deduz que houve execução. Mas, que surpreendentemente, o laudo não pode ser conclusivo, uma vez que as provas sumiram! As roupas onde se encontrariam vestígios de pólvora simplesmente desapareceram. Não houve perícia no local, não existe no laudo anterior (aquele onde não foi permitida a entrada da OAB) o diâmetro das perfurações. De toda sorte, cinco vítimas foram baleadas a queima roupa e outra esfaqueada. O que só dá para fazer de pertinho, a não ser que estivessem no treino de esgrima, como o atleta brasileiro que se feriu na axila no treino desta semana e esta fora do Pan. De fora também estão tentando colocar, o perito Odorilton, que já esta fora do Rio e o presidente da comissão de direitos humanos da OAB, João Tancredo, ambos ameaçados. Tancredo sugeriu ao MP (Ministério Público) avaliar o repentino sumiço de provas e pediu a OEA (Organização dos Estados Americanos) para que acompanhasse o caso.
O governador Sérgio Cabral, contagiado pela insanidade presidencial, declarou acreditar nos laudos da polícia técnica e colocou em dúvida a integridade da polícia federal deixando um hiato após a menção à entidade. Ainda de acordo com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, que confirma o que nós mortais já sabíamos, que a OAB e as organizações de direitos humanos tinha direito, ou melhor, dever de acompanhar as operações policias.
Será que dá para esclarecer quem são os bandidos? Governador lembre-se que foi eleito para governar e defender o Estado, garantindo assim os direitos do cidadão que vive no Rio de Janeiro. E não esqueça que cumplicidade, neste caso, também é crime passível de cadeia. Vamos juntar nossa voz a de João Tancredo... Cadeia é para bandido, ainda que de farda. Direitos humanos para nós trabalhadores!

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