Por Giulio Sanamrtini
Tinha uma coisa que tirava a calma do dramaturgo Nelson Rodrigues: chamar o Estádio Mario Filho de Maracanã. Mário Filho, um dos ícones do jornalismo esportivo brasileiro, era seu irmão e como dizia o próprio Nelson: “Fizeram a meu irmão uma homenagem faraônica, para depois chamarem o estádio de Maracanã.”
Pois e, nesse está vi muita coisa, fui pela primeira vez levado pelas mão de meu avô assistir o jogo Brasil e Espanha em 1950. Ainda criança, naquela semana havia aprendido na escola o hino nacional, foi um deslumbramento ouvi-lo sendo cantado por quase 200 mil pessoas.
Vi Garrincha, vi Pelé num Rio - São Paulo, fazer dois gols em dois minutos contra meu time , Vasco da Gama. O Vasco vencia por 2x0 e o zagueiro Fontana resolveu gozar Pelé aí este se irritou. O gol de placa também num Rio – São Paulo eu não vi, foi contra o Fluminense. Vi Pelé pegar no gol em um jogo exibição (1958) quando o Brasil havia retornado pela primeira vez Campeão do Mundo. Vi o goleiro soviético Yashim, chamado Aranha Negra num Brasil e Resto do Mundo. Vi o jogo da Rainha, quando num Carioca e Paulistas, mais de 150 mil pessoas não respeitando a presença da rainha da Inglaterra Elizabeth II, gritavam em uníssono: Filho da Puta, referindo-se ao juiz Marques. Antes disso em 1969, nas eliminatórias parra a Copa do Mundo assisti Brasil e Paraguai, que foi considerado o recorde de público da história do Mario Filho.
Num estádio onde, segundo Nelson Rodrigues, vaiava-se até minuto de silêncio, vi todos aplaudirem de pé o general presidente Médici, quando entrava com seu radinho para assistir os jogos de seu time.
Mas sinceramente jamais tive notícias de um presidente da República ser vaiado e Luiz Inácio Lula da Silva não fez barato, “nunca antes na história desse país” um presidente além de ser vaiado, o foi por quatro vezes. Não conseguiu fazer uma das coisas que mais gosta: discursos estéreis, os apupos o impediram.
Por sorte dele dos mais de 40 chefes de estado convidados compareceram somente seis e a exceção do Canadá, todos sem a mínima representatividade, em sua grande maioria países desconhecidos pelo grande publico brasileiros: Panamá, Honduras, Antígua e Barbuda, Aruba e Antilhas Holandesas.
É bom que o presidente coloque suas barbas de molho, não adianta “botar cera nos ouvidos”, o seu encanto quebrou-se, pode até ser consertado, mas as marcas do remendo ficarão indeléveis. O que aconteceu foi o grito de um povo que está cansado de papo furado, de corrupção, de mentiras, de ser sacaneado. O processo de rejeição teve um início monumental e emblemático, não se sabe onde vai parar.
Sabe-se somente que Lula nunca será o mesmo: conseguiu ser mais vaiado que a delegação estadunidense
(*) Na primeira foto um Lula transpirando alegria e autoconfiança, na quinta feira quando comemorava em Olinda (PB), mas uma enganação do PAC empacado. Na segunda um Lula perplexo num Maracanã que ruidosamente o rejeitou
Tinha uma coisa que tirava a calma do dramaturgo Nelson Rodrigues: chamar o Estádio Mario Filho de Maracanã. Mário Filho, um dos ícones do jornalismo esportivo brasileiro, era seu irmão e como dizia o próprio Nelson: “Fizeram a meu irmão uma homenagem faraônica, para depois chamarem o estádio de Maracanã.”
Pois e, nesse está vi muita coisa, fui pela primeira vez levado pelas mão de meu avô assistir o jogo Brasil e Espanha em 1950. Ainda criança, naquela semana havia aprendido na escola o hino nacional, foi um deslumbramento ouvi-lo sendo cantado por quase 200 mil pessoas.
Vi Garrincha, vi Pelé num Rio - São Paulo, fazer dois gols em dois minutos contra meu time , Vasco da Gama. O Vasco vencia por 2x0 e o zagueiro Fontana resolveu gozar Pelé aí este se irritou. O gol de placa também num Rio – São Paulo eu não vi, foi contra o Fluminense. Vi Pelé pegar no gol em um jogo exibição (1958) quando o Brasil havia retornado pela primeira vez Campeão do Mundo. Vi o goleiro soviético Yashim, chamado Aranha Negra num Brasil e Resto do Mundo. Vi o jogo da Rainha, quando num Carioca e Paulistas, mais de 150 mil pessoas não respeitando a presença da rainha da Inglaterra Elizabeth II, gritavam em uníssono: Filho da Puta, referindo-se ao juiz Marques. Antes disso em 1969, nas eliminatórias parra a Copa do Mundo assisti Brasil e Paraguai, que foi considerado o recorde de público da história do Mario Filho.
Num estádio onde, segundo Nelson Rodrigues, vaiava-se até minuto de silêncio, vi todos aplaudirem de pé o general presidente Médici, quando entrava com seu radinho para assistir os jogos de seu time.
Mas sinceramente jamais tive notícias de um presidente da República ser vaiado e Luiz Inácio Lula da Silva não fez barato, “nunca antes na história desse país” um presidente além de ser vaiado, o foi por quatro vezes. Não conseguiu fazer uma das coisas que mais gosta: discursos estéreis, os apupos o impediram.
Por sorte dele dos mais de 40 chefes de estado convidados compareceram somente seis e a exceção do Canadá, todos sem a mínima representatividade, em sua grande maioria países desconhecidos pelo grande publico brasileiros: Panamá, Honduras, Antígua e Barbuda, Aruba e Antilhas Holandesas.
É bom que o presidente coloque suas barbas de molho, não adianta “botar cera nos ouvidos”, o seu encanto quebrou-se, pode até ser consertado, mas as marcas do remendo ficarão indeléveis. O que aconteceu foi o grito de um povo que está cansado de papo furado, de corrupção, de mentiras, de ser sacaneado. O processo de rejeição teve um início monumental e emblemático, não se sabe onde vai parar.
Sabe-se somente que Lula nunca será o mesmo: conseguiu ser mais vaiado que a delegação estadunidense
(*) Na primeira foto um Lula transpirando alegria e autoconfiança, na quinta feira quando comemorava em Olinda (PB), mas uma enganação do PAC empacado. Na segunda um Lula perplexo num Maracanã que ruidosamente o rejeitou
Um comentário:
Giulio!!!
Fantástico esse post!
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