25 de out. de 2007

André e Antônio Rebouças

Por Fabiana Sanmartini

O túnel Rebouças que liga o Rio Comprido, na zona norte a Lagoa, na zona sul, teve seu projeto iniciado no governo de Carlos Lacerda em 1962 e tinha como objetivo ligar as zonas norte e sul evitando o centro da cidade.
A obra ficou pronta em 3 de outubro de 1967, então no governo de Negrão de Lima. Tem, portanto 40 anos completos, fecha toda terça e quinta das 23:00 às 05:00 para limpeza e “manutenção”. Seus 2.800 metros distribuídos em duas galerias paralelas de 9 metros de largura, fazendo um total de 5.600 de escavação em rocha viva, trafegam algo em torno de 190 mil veículos por dia. Nas galerias monitoradas por câmeras de TV e sistema de controle de poluição o limite de velocidade é de 90 km/h, controlado por radares, nos dois sentidos. Esta é a breve história do túnel que é o destaque dos jornais e do caos que instalou-se ontem na cidade do Rio de Janeiro. Com tudo isso fiquei na dúvida, a manutenção feita duas vezes por semana não indicou possiveis desabamentos?
Se foi identificado porque não foi remediado? Afinal a área é responsabilidade do Estado ou do Município? Se havia problemas de vasamento já diagnosticado da CEDAE porque nada foi feito? Nem vamos levantar a questão do sistema de escoamento das águas. Com o período de estiagem era fácil, até para o leigo prever que a primeira chuva seria em volume absurdo, como de fato o foi. O estado de alerta ficaria ainda mais fácil se fosse levado em conta que na primavera temos chuvas intensas todos os anos. E o carioca se defende como pode, sacos “burros sem rabo” para atravesar a Av. Rio Branco, no centro... Enfim... O Rio continua a merce da própria sorte, neste jogo de empurra entre a prefeitura e o governo estadual. Porque então não trabalhar em conjunto? É mais inteligente, melhor para o Estado e para a cidade, é melhor para a população...

Leia a matéria em O Globo online

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