25 de out. de 2007

Não mandamos em mais nada

Por Ralph J. Hofmann

Primeiro foram as sufragettes na era vitoriana. Amarravam-se com correntes às cercas das praças, bloqueavam a entrada do N° 10 da Downing Street, residência dos primeiros ministros, pleiteando o voto para as mulheres.
Depois, a duras penas as mulheres foram galgando posições de autoridade. Na era Vitoriana sequer podiam ser secretárias, pois poderiam distrair os homens. Este tabu foi vencido. Depois passaram a vender eleições. Passaram a governar países. A primeira que lembro foi Sirimavo Bandaranaike, primeira ministra do Ceilão, mas poderá ter havido outras anteriores (sem contar rainhas hereditárias como Dido da Fenícia avó de todos os libaneses de origem fenícia, que criou Cartago).
Na segunda guerra mundial as mulheres foram heróicas. Não apenas como mensageiras entre grupos partisãos, ou espiãs, ou ainda como guias de aviadores através dos Pirineus, mas também uniformizadas, como soldados preenchendo funções vitais de engenharia e até transporte de aviões para as frentes de combate.
Nunca mais foram figuras submissas. Hoje, para qualquer homem que seja esclarecido, são parceiras.
Há, contudo entre as mulheres dois pesos e duas medidas. É difícil para um homem saber com que está lidando. Se Você abre a porta para uma mulher, puxa sua cadeira para que sente, primeiro abre a porta do carro para que a mulher se acomode você pode ser chamado de machista, e se não fizer nada disso pode ser chamado de grosso. Racha ou não a conta do restaurante? E do motel? Êta vida difícil!
O médico Richard Phillips de Chicago acusa a colega Sharon Irons de "traição calculada, pessoal e profunda". Há seis anos Sharon teria guardado sêmen depois de fazerem sexo oral, e usado o esperma para engravidar. Phillips alega que só descobriu a existência da criança quando Sharon ingressou com ação exigindo pensão alimentícia.
Após testes de DNA comprovarem a paternidade o médico processou Sharon por danos morais, roubo e fraude. Os juízes da corte de apelação descartaram as pretensões quanto à fraude e ao roubo, afirmando que "a mulher não roubou o esperma". Teria havido uma transferência de propriedade do esperam do homem para a mulher.
Até aí tudo muito lógico e correto. Ninguém poderia contestar.
Mas como é que fica o pleito de pensão alimentícia para a criança. Aí é querer levar vantagem em tudo. A opção de fazer sexo foi consensual. A opção de ter um filho implicou em ir a um laboratório, e fazer tudo que for necessário para fertilizar um embrião. Quantos embriões haverá na clínica? Quantos processos por alimentos o pai poderá enfrentar?
E mais, será que uma mulher que toma essa decisão soberana, assunto absolutamente seu, sendo profissional bem paga, realmente poderá criar bem essa criança.
E se o pai disser que já que tem um filho exige o pátrio poder sobre ele com exclusão da mãe por ser psicologicamente instável, como fica?
Cavalheiros da noite e das aventuras. Ao terminar a noitada lembrem-se de levar junto a camisinha usada.
Donos de motel. Forneçam um incinerador de camisinhas senão poderão um dia ser processados.

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