18 de out. de 2007

Tá na hora de botar o palhaço pra fora

Por Giulio Sanmartini

Na hierarquia da Exército, item inteligência, dizem os próprios oficiais é que os de cavalaria ocupam o último lugar. O presidente general João Batista Figueiredo, era dessa arma e foi o autor de frase que se tornou ridiculamente famosa: “Eu prendo, eu arrebento”.
Já o atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se acha um grande advogado, um grande jurista, um incomparável deputado constituinte e um presidente da Supremo Tribunal Federal que passará para história, tal qual Figueiredo, como titular na pasta, também gosta de frases bombásticas que estão entrando para o anedotário nacional: “Eu tenho carta Branca”, "A hierarquia parte do ministro. Quem manda é o ministro", "Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora!". Tudo conversa para menino ir dormir com fome.
Até agora, passados pouco menos de 3 meses de sua festejada posse, seu balão que estava cheio, começa a esvaziar-se a cada dia. Nem o seu grande desafeto presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Ante-ontem o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Junito Saito, informou que, das 719 aeronaves da Força Aérea apenas 267 (37%) encontram-se em condições de voar. As outras 452 (63%), à espera de manutenção, não têm condições de uso –232 delas estão retidas no solo por falta de dinheiro para a aquisição de peças. A situação tende a piorar. Enquanto isso o ministro Nelson Jobim brinca de guerra na Amazônia e, como ele não está agindo nem fazendo, é hora de sair, de ir embora.

Texto de apoio: Josias de Souza

Deveria ser pública a audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara. Porém, a pedido do brigadeiro Juniti Saito, fecharam-se as portas. Em reserva, o Comandante da Aeronáutica revelou aos deputados detalhes da situação de penúria vivenciada pela Força Aérea Brasileira. Disse que a FAB não tem dinheiro nem para a manutenção de suas aeronaves.
Segundo apurou o blog, Saito informou que, das 719 aeronaves da Força Aérea apenas 267 (37%) encontram-se em condições de voar. As outras 452 (63%), à espera de manutenção, não têm condições de uso –232 delas estão retidas no solo por falta de dinheiro para a aquisição de peças. A situação tende a piorar.
Segundo o brigadeiro, a frota brasileira é velha. O que torna a sua conservação cada vez mais onerosa. Oito em cada dez aviões da FAB têm mais de 15 anos de uso. A situação, de acordo com o relato de Saito, é incompatível com as atribuições da FAB. Entre elas, segundo as palavras do brigadeiro, anotadas por um dos deputados que o ouviam, está a de “manter a soberania e a defesa do espaço aéreo (13,5 milhões de quilômetros quadrados, incluindo a cobertura da área oceânica).”
Saito fez uma outra revelação que deixou preocupados alguns dos membros da comissão de Defesa da Câmara. Disse que o Brasil ostenta, hoje, a terceira posição na América Latina em relação ao poderio de seus aviões de caça. É superado pelo Peru, primeiro colocado, e pelo Chile, o segundo. E, em 2008, ficará atrás também da Venezuela.
O presidente venezuelano Hugo Chavez investe notáveis U$ 4 bilhões na área militar. No próximo ano, receberá 24 caças Sukhoi Su-30 que adquiriu da Rússia. “São aeronaves muito mais modernas do que as nossas”, lamuriou-se Saito. O brigadeiro disse aos deputados que a FAB acalenta a expectativa de adquirir novos caças. O projeto foi mandado à gaveta, porém, ainda no primeiro mandato de Lula.

2 comentários:

Anônimo disse...

E o governo lulla"nuncaseviu" fica distribuindo dinheiro brasileiro para os paises amigos "mais pobres"...
Tá!!!

Vamos explicar essas coisas para os irmãos nortistas e nordestinos, antes das próximas eleições...

ma gu disse...

Alô, Giulio

Do jeito que somos administrados, espera-se que as 267 restantes logo percam as condições de voar.
Aliás, deve ser a política pretendida para tirar a capacidade de reação das Forças Armadas.