Batendo Cabeça
Valdo Cruz na Folha de São Paulo
Se a inflação subir e sair da meta de 4,5% para 2008, não peçam ao presidente Lula para criticar o Banco Central se os juros forem elevados
O chefe, como diz um auxiliar com gabinete no Palácio do Planalto, voltou a deixar claro nos últimos dias que não quer a volta da inflação. E vai apoiar uma decisão do BC de subir a taxa de juros caso os preços sigam numa tendência de alta. Lula, contudo, não enxerga hoje um risco de alta inflacionária. Por isso não gostou nem um pouco da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária), ameaçando subir os juros na próxima reunião do órgão, em abril.
Não por outro motivo Lula e sua equipe econômica, mais especificamente o ministro Guido Mantega (Fazenda), passaram a dar atenção especial ao aumento da demanda. Em público e reservadamente, Lula e seu ministro da Fazenda têm dito que é preciso evitar uma explosão no consumo, estimulada por um crescimento do crédito no país, o que poderia de fato pôr em risco a meta inflacionária desse ano. Os dois acreditam que esse é o caminho para evitar que o BC suba os juros.
O problema é que o governo tenta conter aquilo que estimulou, o aumento de consumo no país, que provocou uma reação no nosso mercado interno. Aquele que hoje está garantindo o ritmo da economia brasileira e permitindo que o país não sofra tanto com a crise financeira nos Estados Unidos. Acabou dando no que todos já sabem: o governo bateu cabeça. Fez que iria reduzir o número das prestações para reduzir a euforia do consumidor e recuou. Deve ter descoberto que esse caminho já foi tentado no passado e não deu muito certo.
Valdo Cruz na Folha de São Paulo
Se a inflação subir e sair da meta de 4,5% para 2008, não peçam ao presidente Lula para criticar o Banco Central se os juros forem elevados
O chefe, como diz um auxiliar com gabinete no Palácio do Planalto, voltou a deixar claro nos últimos dias que não quer a volta da inflação. E vai apoiar uma decisão do BC de subir a taxa de juros caso os preços sigam numa tendência de alta. Lula, contudo, não enxerga hoje um risco de alta inflacionária. Por isso não gostou nem um pouco da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária), ameaçando subir os juros na próxima reunião do órgão, em abril.Não por outro motivo Lula e sua equipe econômica, mais especificamente o ministro Guido Mantega (Fazenda), passaram a dar atenção especial ao aumento da demanda. Em público e reservadamente, Lula e seu ministro da Fazenda têm dito que é preciso evitar uma explosão no consumo, estimulada por um crescimento do crédito no país, o que poderia de fato pôr em risco a meta inflacionária desse ano. Os dois acreditam que esse é o caminho para evitar que o BC suba os juros.
O problema é que o governo tenta conter aquilo que estimulou, o aumento de consumo no país, que provocou uma reação no nosso mercado interno. Aquele que hoje está garantindo o ritmo da economia brasileira e permitindo que o país não sofra tanto com a crise financeira nos Estados Unidos. Acabou dando no que todos já sabem: o governo bateu cabeça. Fez que iria reduzir o número das prestações para reduzir a euforia do consumidor e recuou. Deve ter descoberto que esse caminho já foi tentado no passado e não deu muito certo.
Um comentário:
Agora vou dar uma de economista machona: desafio a todo mundo que não seja do Governo a dizer se o seu salário dá para cobrir suas despesas. O problema não se chama consumo, mas roubo. Quanto do PIB não vai para a corrupção? Este é o problema. E ficam estes malabaristazinhos metidos economistinas a quererem enganar aqui a velha de guerra, dizendo que nós consumimos demais.
Ora, nóis só sofre. Mais nóis num rôba. I nóis num semo tão burro aççim. I teñu ditu! Até pas banana
ovi.
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