22 de out. de 2007

Um ministro temerário

“Por falar em relevância, foi com grande eloqüência que o ministro brasileiro Guido Mantega (Fazenda) usou o termo, na semana passada, em Washington, para dizer que o FMI está se tornando "irrelevante". Emendou afirmando ser "uma ironia" os EUA estarem "em crise" enquanto o Brasil está "muito sólido".
O fato de a Bolsa brasileira ter despencado quase 4% na sexta-feira e o risco-Brasil ter saltado 6% não mereceu comentários do ministro. Nem que o Brasil, com apenas 1% do comércio internacional, contribuirá com apenas 2,6% do crescimento mundial de 2007. Enquanto os EUA "em crise" darão um impulso de 20%, e a China, de 15%.
Cada país com a "relevância" --e o governo-- que merece.
(Fernando Canzian)
Devemos entender irrelevância como algo de pouca ou não sem importância. Um ministro da fazenda que declara o Estados Unidos estarem em crise enquanto a situação do Brasil é muito sólida e que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está caminhando para irrelevância, ou mente, ou está bêbado, ou despirocou geral, mas em qualquer uma das três situações é temerário mantê-lo no cargo.

Leia a matéria na Folha de São Paulo online

Um comentário:

PapoLivre disse...

A Itália sempre nos mandou boas pessoas: Adolfo Celli, Pignatari, Matarazzo, Gianni Ratto, Gancia, Paschoal Bianco, Crespi.Nem tudo é perfeito, também veio coisa ruim:Caccioal, Tomazzo Buzetta, fechando a acumulada o ilustre Mantega. Economista de fancaria, grosso e que jamais poderia ocupar lugar que foi de Simonsen,Malan,Horácio Lafer. Será que nós merecemos esta figurinha, arremedo de Mussolini e adepto do dá ou desce.