31 de jan. de 2008
Marta: a garota propaganda do Brasil
Até que...foi questionada por jornalistas europeus sobre a insegurança para os visitantes estrangeiros. Irritadíssima, respondeu: "O Brasil pelo menos não tem terrorismo".
Disse ainda que, se tivesse medo, não viajaria à Europa e sugeriu que a Espanha, depois dos atentados ocorridos no país, não pode ser considerada um destino mais seguro do que o Brasil. "Aqui [Espanha] tem terrorismo, cataclismos", afirmou Marta. "Um brasileiro morreu no metrô de Londres. O Brasil não é um país mais violento do que os outros", acrescentou.
A “docilidade” de Marta provocou silêncio na sala de imprensa da Feira.
O quadrilheiro
Em recente decisão, a juíza Sirley Claus Prado Tonello, do Foro Regional de Pinheiros/SP, julgou improcedente denúncia apresentada por José Dirceu contra o jornalista da revista Veja Fábio Portella. Dirceu teria ficado ofendido com o texto "O Quadrilheiro no Banco Suíço" (abaixo, em leia mais), publicado em 10 de maio de 2006, na matéria "A tecla replay do mensalão".
Na decisão, a magistrada diz o que Dirceu já deve estar careca (sic) de ouvir, que certa dose de sarcasmo, peculiaridade do jornalismo crítico, não torna a matéria criminosa. (clique aqui para ler a decisão da juíza)
Fonte: Migalhas
Por Fábio Portela – Revista Veja, edição 1955, de 10/05/06
Na próxima terça-feira, o ex-ministro José Dirceu desfrutará mais um episódio da dolce vita de que se tornou protagonista depois que deixou o governo. Ele será recebido com pompas na sede brasileira do Credit Suisse. O banco convidou seus "clientes especiais" para uma confraternização em torno do petista. É isso mesmo. Será um bate-papo íntimo com o chefe da quadrilha do mensalão. Segundo a direção do Credit, o objetivo é manter seus principais correntistas "atualizados e bem informados sobre o que se passa no Brasil". Eles se apressam em dizer que a presença da imprensa está vetada, claro. A reportagem de VEJA, por exemplo, não é bem-vinda. Em qualquer país sério, José Dirceu teria problemas até mesmo para abrir uma conta bancária – afinal, a quadrilha que ele chefiava roubou recursos públicos, fez caixa dois, falsificou documentos e praticou evasão de divisas. No Credit Suisse brasileiro, no entanto, o quadrilheiro-mor terá direito a tratamento vip. Para o banco, não há nenhum problema em associar sua imagem à de um político acusado de chefiar uma organização criminosa. É sintomático. A direção da instituição informa, candidamente, que "o mercado tem todo o interesse em ouvir José Dirceu". É arrepiante imaginar quais podem ser esses interesses.
Essa não é a primeira vez que o nome do Credit Suisse é associado a assuntos de natureza criminal. Em março, Peter Schaffner, gerente do escritório brasileiro de private banking do Credit Suisse, foi preso pela Polícia Federal. Ele tentava embarcar às pressas para a Suíça depois de descobrir que estava sendo investigado por suspeita de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operações ilegais feitas em parceria com doleiros. As investigações ainda não foram concluídas, mas outros seis executivos do banco já tiveram o passaporte apreendido pela PF para evitar que também caíssem na tentação de desaparecer do país. Os problemas do Credit Suisse, no entanto, não ocorrem apenas em território brasileiro. Em sua sede, na Suíça, o banco também é acusado de receber dinheiro sujo remetido por gente da pior espécie. Entre seus clientes já estiveram os ditadores Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier, do Haiti, Ferdinand Marcos, das Filipinas, e Sani Abacha, da Nigéria, país que é considerado um dos mais corruptos do mundo. No meio de gente desse naipe, José Dirceu só poderia mesmo ser tratado como convidado de honra. Quem sabe não lhe dão até um cheque especial.
Voando alto
Clique aqui para conhecer o avião e aqui para ler outras Pérolas.
Desculpem, foi só um pensamento
Fui a um posto de Saúde aqui em Natal em um bairro chamado de Mão Luiza para vacinar-me contra a Febre Amarela. A exigência, no meu caso, é que vou viajar para uma área de risco e preciso apresentar o bilhete de passagem no avião (meu caso) ou de ônibus, no entanto, quem vai de carro próprio é dispensado de vacinar. Não me perguntem por que, que eu não sei. Mas é assim.
Bom, em lá chegando, no posto de saúde, encontrei uma criança autista, acompanhada da mãe, Maria de Lourdes dos Santos Belo, residente na rua D. Pedro I, 18B, no loteamento José Sarney se batendo e gritando tão alto que chamou a atenção de todo o posto. Fui informado que a criança toma dois remédios controlados e que são fornecidos pelo posto de saúde, que são Respiridon e Prometazina, mas que infelizmente estava faltando em todos os postos.
Nesse momento fiquei impressionado com o descaso dos governos para os pobres e desassistidos que eles juram defender, e nesse momento pensei nos 921 bilhões de reais arrecadados pelos governos nas três esferas do poder em 2007 com impostos; lembrei do Congresso com 34 mil funcionários e um gasto em torno de 4,3 bilhões por ano; lembrei das viagens e das comitivas imperiais nas viagens ao exterior gastando dólares (sem nenhuma produtividade), e claro, sempre com os cartões corporativos pagando despesas pessoais nos free shops com whisky e charutos cubanos, que só em 2007 consumiram de recursos públicos um total de 75 milhões de reais.
Também pensei nos mensaleiros, pensei nas aplicações dos dinheiros públicos sem o menos critério. Pensei no consumo de 650 garrrafas de vinho do palácio do Planalto durante 120 dias, pensei no vice governador do Maranhão, que assumiu o governo durante 15 dias (15 dias) e aposentou-se ex-oficio (por causa desses 15 dias) com salário, acreditem, de governador, e, claro, tudo dentro da lei, feita por eles, os políticos que legislam em causa própria.
Pensei no superfaturamento das obras públicas, pensei nos policiais do Rio de Janeiro pedindo esmolas na Boca do Túnel Santa Bárbara, pensei na maldição que temos sofrido dos deuses da honestidade, pensei em tudo, mas infelizmente não consegui entender como pode faltar remédio tão barato para crianças excepcionais.
Estamos realmente desumanizados e desgovernados. É triste e vergonhoso.
Lei Matilde
1. Proibição de saques em dinheiro para pagamento de despesas cobertas pelo cartão, com exceção dos "órgãos essenciais" da Presidência da República, vice-presidência, e ministérios da Saúde e Fazenda, Polícia Federal e escritórios do Ministério das Relações Exteriores fora do país. Despesas de caráter sigiloso também não foram incluídas na proibição.
2. Os ministros poderão autorizar o saque de 30% do limite, o que precisará ser justificado.
3. Não poderá ser usado para pagamento de passagens e diárias de servidores. E, em 60 dias, o governo federal vai encerrar todas as contas correntes abertas em nome de servidores --usadas para pagamento de despesas de baixo valor.
Alguns dados
-- Os gastos com o cartão corporativo somaram R$ 75,6 milhões em 2007 --mais que o dobro que no ano anterior (R$ 33 milhões). Do montante gasto por ministros e servidores com o cartão, mais da metade (R$ 45 milhões) foi sacada em dinheiro.
-- 7.145 pessoas possuem o cartão corporativo na administração federal, sendo que 56% não ocupam cargos de confiança.
-- Hoje, o cartão de crédito corporativo tem um limite de R$ 800 por emissão ou de R$ 8.000 mensais.
Lei Matilde
Outro ministério que gasta sem explicar
Gregolin, deu uma justificativa infantil, disse que tivera naquele dia um encontro com o ministro da pesca da Noruega, o como Brasil importa 90% de seus bacalhau desse país e, além do mais, o enredo do samba da Imperatriz Leopoldinense era: “Brasil e Noruega: Unidas pelo Bacalhau”, resolveu levar o norueguês para um giro na noite carioca.
Por estas e outras, que o deputado tucano Calos Sampaio (SP) quer a instalação de uma CPI mista (Câmara e Senado) a fim de apurar o que tem sob essa ponta de iceberg. Diz até que a primeira dama Marisa Letícia ande fazendo saques em dinheiro com o cartão corporativo, sem qualquer função no governo.
O interessante é que esses dois ministério (ou outro é o da Igualdade Racial) que vem causando escândalos nos gastos, não apresentem qualquer justificativa dentro do trabalho que deveriam fazer, são ministérios paralíticos de um governo preguiçoso.
Leia a matéria de Maria Lima e outros em O Globo online
Desmatamento
A bola da vez é o desmatamento, fica para segundo plano o possível e provável apagão de energia, o sub prime dos Estados Unidos. O cefalópode declara: " você tem um tumorzinho e já sai dizendo que é câncer." Disso ele entende muito, pois é o câncer que se arraiga por toda a nação, a metástase é imponderável. A ministra do desmatamento foi atropelada quando o traidor dos traidores disse: não vamos buscar culpados. O maior culpado é o próprio governo, arrumou "boquinha" para mais de vinte mil "cumpadres", mil para o IBAMA bastariam para fiscalizar. A caterva não quer é trabalhar, gosta de fazer marola, buscar culpados, não assume seu próprio erro. A ministra que é senadora licenciada deveria desocupar o mato e voltar para a meia cuia de Brasília. Saia antes que a sua cabeça seja oferecida no altar da hipocrisia, comandada por um falso líder.
Um dia a casa cai
Para ser mais preciso, o aumento nos gastos públicos foi de 10,3%. Além de terem subido mais que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB), ficaram também acima da inflação do ano passado. O mesmo ocorreu com as despesas para manter a máquina governamental funcionando, os chamados gastos de custeio.
Se o governo chegou ao final de 2006 gastando pouco mais de 100 bilhões de reais com servidores e encargos, em 2007 essa despesa superou os 116 bilhões de reais, segundo os números do Tesouro. Em todo o governo Lula (desde 2003), já houve um aumento real, ou seja, acima da inflação, de 19% neste tipo de gasto público. Em meados do ano passado, o número de funcionários públicos ultrapassou 1 milhão – apenas no Executivo.
Essa coisa que o governo possa gastar mais do que ganha nunca teve um bom fim, portanto acho que Lula está pisando num campo minado.
Leia a matéria em Veja online
Para o leitor “Ronaldo São Carlos”
O gasto maior foi no valor de R$3.704.764,41 vem com a explicação: “Informações protegidas por sigilo, nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado” (conforme a imagem ao lado). A menos que eu tenha o nome da sua assessoria pessoal.
Nos gastos da presidência encontramos fatos curiosos como, por exemplo:
No dia 28 de outubro o senhor Jose Henrique Souza, que não sei quem é, gastou numa tal de Peixaria Golfinho a merreca de R$ 1.345,13.
No site da Presidência da República, no quem é quem, encontrei o nome: José Henrique Oliveira de Souza – Cargo: Assessor Especial do Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
No dia 28 de outubro de 2007 não consta compromisso algum na agenda oficial de Lula.
O acordo de Silvinho foi ruim para os mensaleiros do PT
A perspectiva de um apagão, pela falta de chuvas, de problemas econômicos, por causa da crise imobiliária nos EUA, somados ao desmatamento da Amazônia e a proximidade do Carnaval, isso sem falar do caso Lobinho, devem ter desestimulado uma análise mais apurada da atitude do ex-tesoureiro do PT, Silvio Pereira, que propôs um acordo judicial e a Justiça aceitou para tirar o seu da reta no processo do Mensalão.
Por falta de uma análise mais acurada, algumas notícias deram conta que a decisão da Justiça iria beneficiar Silvio e os demais réus no processo.
Ledo engano. Consultando especialistas, descobri que o ato da Justiça reforça a tese de ter havido crime no caso Mensalão. Ao reconhecer o erro, Silvio deixa claro que ele e os demais petistas envolvidos nos empréstimos, contraídos com o auxílio de Marcos Valério, cometeram um delito.
A confissão e o acordo assinado pelo ex-secretário-geral do PT antecipam as sentenças dos demais dirigentes petistas, principalmente do ex-tesoureiro Delúbio Soares, que já confessou ter contraído o empréstimo e usado o dinheiro de maneira não-contabilizada (caixa dois) para fazer face às despesas da campanha de Lula em 2002, inclusive a festa da posse.
Além disso, Duda Mendonça em depoimento a CPI dos Correios afirmou que recebeu uma parte do dinheiro acertado através de caixa dois, e isso é crime.
Aliás, vale lembrar, que Delúbio, em interrogatório recente, arrolou toda a executiva nacional do PT a época. Disse que contraiu os empréstimos com a aprovação da cúpula do partido.
Portanto, a atitude de Silvinho não favorece, como se disse a primeira vista, os demais réus do Mensalão, pelo contrário os empurra, ainda mais, para o fundo do poço.
Um segredo sórdido
E esse fato vem à tona quase no mesmo dia em que um importante líder empresarial, o senhor Emílio Odebrecht, tenta impingir a si próprio a balela anestésica de que "Lula nunca foi de esquerda". A alienação da burguesia brasileira em relação ao estado de coisas no país é uma das maravilhas do universo, mas ela não teria sido possível sem o longo e persistente silêncio da "grande mídia" nacional quanto ao Foro de São Paulo.
A gigantesca engenharia de ocultações que sonegou ao público o conhecimento dos lances essenciais da história política da última década e meia é, por si mesma, um acontecimento inédito nos anais do jornalismo mundial, um fenômeno tão espetacular e tão criminoso quanto as atividades do próprio Foro.
Um dia a ciência histórica terá de sondar os mais baixos estratos da sordidez humana para explicar como foi possível tanta vileza, tanta abjeção, da parte daqueles que recebiam os melhores salários do jornalismo para abster-se de praticá-lo.
Os gastamentos da Matilde
Lula deve tomar uma decisão sobre o destino da ministra hoje para evitar mais desgastes para o governo.
Ontem, Matilde foi convocada a dar explicações a ministros no Planalto sobre seus gastos. Ela é acusada de gastar R$ 110 mil em um ano com o aluguel de carros, R$ 5.000 em restaurantes e R$ 461,16 em um free shop (o único gasto que a ministra considera irregular).
Depois da reunião, a assessoria da ministra divulgou que "a ministra Matilde Ribeiro colocou-se à disposição para prestar informações aos órgãos competentes, apurar e corrigir possíveis falhas no uso do cartão de pagamentos do governo federal"
Se for comprovada irregularidade, os ministros disseram que ela deve ser obrigada a devolver o dinheiro, o que acontecerá também com o ministro Altemir Gregolin (Pesca). Ele pagou ao menos um almoço para uma comitiva chinesa numa churrascaria de Brasília. O caso do ministro Gregolin não é considerado tão grave pelo Planalto como o de Matilde.
Agora é que o palácio do Planalto acordou, passado 5 anos do esbanjo da ministra, que há algo de irregular em suas despesas?
Todo mundo no governo mete a mão sem miséria, que essa de Matilde parece até mixaria (G.S.)
Governo só Libera só o que lhe Traz Benenfícios
Pelo levantamento da CNM, a bancada de São Paulo é a maior beneficiada com a liberação das chamadas "emendas não exclusivas" (àquelas que se destinam a projetos do Executivo federal): 56,87% dessas emendas foram pagas entre 2003 e 2007. O pior desempenho fica com o Amapá, com somente 19,91% do desembolso desse tipo de emendas.
A situação se inverte, no entanto, quando a análise recai sobre as "emendas exclusivas", aqueles em que o parlamentar destina recursos para projetos que não são prioritários para o Palácio do Planalto. Aí o Acre sai na frente: 44,4% dessas emendas apresentadas pelos três senadores e oito deputados acreanos foram liberadas.
Já em São Paulo, o governo pagou apenas 23,49% das "emendas exclusivas" apresentadas pelos 70 deputados e três senadores. "Há um interferência política na liberação de verbas", afirmou ontem o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski (foto). "A gente vê claramente um mapeamento partidário na liberação de verbas para os municípios", completou.
Em sua avaliação, o governo dá prioridade à liberação de emendas atreladas a projetos do Executivo para negociar caso a caso o pagamento das emendas exclusivas. Tanto é assim que a maioria dessas emendas é paga a parlamentares da base aliada.
Os trapalhões na guerra em Paris
Há mais de uma maneira de ir-se às compras no bazar das armas. Há governos, por exemplo, que simplesmente anunciam que precisam reequipar suas Forças Armadas. Outros, como o da Venezuela de Hugo Chávez, alegam que estão se armando até os dentes para enfrentar um inimigo externo - no caso, a ameaça imaginária da invasão pelo Império. Há, ainda, aqueles que douram a pílula, apresentando o que não passa de uma transação comercial como um ato de transcendental importância que dará ao país que representam uma nova e maior dimensão no concerto das nações.
É o que está fazendo o ministro Nelson Jobim, em sua visita a vendedores de armamentos na França e na Rússia. 'Não estamos aqui para comprar, mas para estabelecer uma relação maior que a de comprador e vendedor', afirmou ele em Paris. 'Queremos uma aliança estratégica para remodelar o Plano Estratégico Nacional de Defesa.'
Em que consiste essa 'aliança estratégica' ninguém sabe - nem o ministro, que não foi capaz de detalhar um acordo bilateral que prevê a livre circulação de militares entre os dois países. Mas os membros do governo Lula gostam da expressão, que usam a granel. Aproveitando esse viés, o ministro da Defesa da França - que é um bom vendedor dos produtos bélicos de seu país - foi na onda. 'Queremos que o Brasil seja o maior parceiro estratégico da França na América Latina, assim como queremos que a França seja o parceiro estratégico do Brasil na Europa.' São palavras agradáveis de ouvir e, por incrível que pareça, há quem acredite nesse tipo de conversa. Há alguns anos, por exemplo, o presidente Carlos Menem acreditou - ledo engano! - que o título de 'aliado estratégico' da Otan colocaria a Argentina no convívio íntimo dos grandes deste mundo.
Leia a matéria em O Estado de São Paulo
Querendo desconhecer a verdade
"Presta-se a algumas conclusões o reconhecimento de que desmatamos a Amazônia muito mais do que recomendaria o bom senso.
A primeira, de que, além de haver faltado com a verdade, o governo acaba de fornecer munição para a cobiça internacional. Basta passar os olhos nos principais jornais da Europa e dos Estados Unidos. Todos abrem espaço para o que lhes parece a destruição do "pulmão do mundo", não demorando o retorno da seqüência de que a Amazônia precisa ser internacionalizada. Para alguns ingênuos e um número bem maior de malandros, o Brasil carece de condições para deter soberania na região, estando a prova nas sucessivas queimadas e devastações denunciadas e reconhecidas.
Por esse motivo já nos obrigaram a assinar um tratado militar comprometendo-nos a não colocar minas em pontos-chave da floresta. Não importa, essa iniciativa só depende de nós. Além disso, vêm sendo cavados bem fundo, no solo amazônico, depósitos de munição, combustível e mantimentos.
Não faz muito uma delegação das Forças Armadas brasileiras visitou o Vietnã. Por via das dúvidas, fomos buscar a experiência de um povo que saiu vitorioso nessa espécie de conflito. Entrar, os adversários podem. Sair, só derrotados...
Existem outros tipos de internacionalização, como o da aquisição de imensas glebas amazônicas por estrangeiros. Vergonhosamente estimulados pelo próprio governo do Brasil, e pela lei, os compradores arrendam milhares de hectares por 40 anos, renováveis por mais 40, comprometendo-se a preservar a floresta, mas, de modo estranho, autorizados a extrair madeira.
A invasão se faz por via econômica, impulsionada por mil e uma ONGs, nacionais ou vindas de fora. Além de tentarem interromper o desenvolvimento da região, que numa etapa inicial gostariam fosse um imenso jardim botânico, essas entidades trabalham tribos indígenas, apesar delas constituírem parte indissolúvel de nossa população. Pretendem transformá-las em "nações".
Além disso, convenceram o Congresso e o governo a conceder-lhes monumentais espaços onde o cidadão brasileiro é impedido de entrar, mas, estranhamente, estrangeiros podem. Aguardam a oportunidade para algum organismo internacional reconhecer a "independência" dessas nações, com governo próprio e até assento na ONU.
Seria, então, oportunidade para estabelecerem protetorados e sucedâneos, celebrando acordos de "cooperação", imagine-se por parte de quem. Estaria consumada a exploração das riquezas amazônicas, o verdadeiro objetivo de toda essa farsa. Acorda, Lula...
Quem pode ser responsabilizado?
Para ver o documentário, clique aqui.
É fácil jogar a culpa na imprensa.
Sem apresentar nenhum documento de defesa, Edison Lobão Filho (DEM-MA) tomou posse ontem na vaga do Senado desocupada com a nomeação de seu pai, Edison Lobão (PMDB-MA), para o cargo de ministro de Minas e Energia. Lobão Filho - nome pelo qual quer ser conhecido no Senado, no lugar do apelido Edinho - disse que pretende apresentar, primeiramente ao DEM, uma declaração, de 2005, registrada em cartório, de seu ex-sócio Marco Antonio Costa que o inocentaria das acusações de transferir para uma laranja a propriedade de uma empresa com problemas com o Fisco estadual.
Segundo ele, é "irrelevante" o fato de suas cotas terem sido transferidas para uma empregada. "Porque eu passei a empresa para meus ex-sócios, eles assumiram todos os débitos e estão pagando", argumentou. "O assunto foi explorado pela imprensa pela minha ausência em dar explicações". Lobão Filho disse que sofreu "um massacre" da imprensa.
Leia a matéria na Tribuna da Imprensa online
30 de jan. de 2008
O boy de vila
Mahatma Gandhi
No dia de hoje, 30 de janeiro, háá exatos 60 anos, faleceu por disparos de um radical religioso a “grande alma” Mohandas Karamchand Gandhi. Convém lembrar as razões pelas quais Einstein afirmava que futuras gerações não acreditariam que passou pela Terra um homem com a dimensão deste líder pacifista. Diante do aprofundamento da crise racial sul-africana e do domínio colonial britânico sobre a Índia, esse franzino homem, formado em Direito na universidade de Londres e advogado por vocação, após ser expulso de um vagão de primeira classe na África do Sul, conscientizou-se da impossibilidade da continuação da submissão de comunidades discriminadas e que a libertação está ligada a uma prévia condição pessoal de disciplina mental e espiritual.
Adepto do “caminho da verdade”, o satyagraha, inadmitia a falsidade de ações, palavras e pensamentos e, com essa doutrina de resistência pacífica, foi agredido por diversas vezes, ainda na África do Sul e, ainda assim, recusou-se a processar os infratores, adotando a máxima da ego-restrição, penalizando a consciência do criminoso não pelo poder instituído e sim pelo exemplo de compaixão irrestrita.
De posse da “força da verdade”, comandou manifestações pacíficas tanto contra o apartheid como fazendo frente ao domínio britânico na península hindu. O princípio da não-cooperação e da resistência-pacífica eram mutuamente complementares, o que resultou num movimento de libertação inédita, inspirada por um misto de cultura cristã e de milenares conhecimentos orientais. A Índia foi o único país do mundo que rompeu com a dominação colonialista com uma sabe de conduta pacífica.
Mahatma Gandhi demonstrou na prática que a disciplina mental e espiritual não só incide no próprio praticante como reflete na sociedade da qual está inserido. Por meio de movimentos grevistas e de boicotes pacíficos das leis inglesas e questões relativas à tributação, fazia dos símbolos uma forma eficiente de comunicação. O exemplo pessoal era o inspirador geral de milhões de pessoas que esperavam a sua palavra. Dessa forma, a força da mente, aliada à postura disciplinada e a palavra bem refletida mudou o destino de um dos mais populosos países do mundo.
Guardião dos direitos de classes menos representadas na Índia, Gandhi jejuou profundamente, beirando a morte, a fim de manifestar o seu descontentamento com a discriminação e, noutras oportunidades, contra a violência de um povo oprimido, mas não acostumado a uma linguagem transcendental do grande líder. E mandava oferecer rosas justamente aos gendarmes do sistema dominador como forma de desmoralização pública de toda a burocracia britânica.
Em resumo, a doutrina revolucionária posta em movimento político por este notável homem é capaz de ilustrar posições firmes em prol de uma sociedade libertária, ainda que o conflito seja inerente dos embates entre dois sistemas de vida. Mas tal conflito não significa a violência contra qualquer pessoa, mesmo aquela agressora aberta do direito de exercitar as prerrogativas cidadãs do ser humano. Ou seja, a convicção pela igualdade e liberdade, binômio indissolúvel, vinha acompanhada por um terceiro elemento indispensável – a paz.
E para alcançar a paz, Gandhi contrariava a máxima latina – se queres a paz, prepara-te para a guerra. A paz é pressuposto da paz, a não violência é pré-requisito da não violência e não há qualquer justificativa para a vingança, a não ser a conseqüência de mais sofrimento e mais violência. É muito claro que tal fundamento é de dificílima compreensão e beira à incredulidade em termos práticos. Fomos, no entanto, brindados pela “grande alma”, homem comum, mundano, sem qualquer pretensão messiânica, nem profética, para sabermos ser possível o confronto de idéias, com o respeito concomitante pela existência do outro e o direito isonômico de manifestação.
Temos aqui uma prova de que a nossa violência, pequenas agressões, atentados diminutos ao outro, minúsculos desrespeitos, geram inevitavelmente mais desarmonia e retrocesso. Rompendo com o ciclo vicioso de mentira, indisciplina do pensamento, das ações e das palavras, temos a possibilidade de mover não só a nossa própria existência, mas transformar ativamente o meio no qual vivemos.
Os tiros desferidos pelo fanático Nathuram Godse, responsáveis pela morte deste frágil corpo, deitaram o corpo morto e frágil desta grande alma que foi liberdade para continuar guiando as consciências pacifistas dos humanos que comungam com os ideais de progresso, transformação, evolução e transcendência. Não é preciso conteúdo mistificador para a prática do amor incondicional: trata-se mais de um exercício quotidiano.
A justiça agindo
Os pais de João Hélio, Rosa Fernandes e Gilberto Fonseca não quiseram comentar a sentença. Segundo o advogado, a notícia foi bem recebida e a condenação foi acertada.
Apesar do alívio de ver a justiça funcionando, duvido que esses marginais irrecuperáveis, cumpram toda a pena na cadeia, como disse Antônio Alberto, tio de João Hélio:
"Eles, com certeza, vão sair antes do fim da pena. O código é cheio de limitações, tem um monte de atenuantes. Não existe atenuante para a vitima, só para o facínora. Mas a gente também não pode querer que a juíza faça mais do que o código. Mas eles vão recorrer”.
O peso da justiça
Na segunda-feira passada ele saiu da prisão para ir ao velório de um irmão. Chegou ao local algemado e escoltado por agentes federais. Mas o assédio foi grande e ele, mesmo abatido, acenou para a população (foto).
Hildebrando está com depressão. Deveria ser remorso pelo número de pessoas que ele assassinou, mas é depressão. Deve ser o peso da justiça.
Vasculhando notas
"Temos permanentemente o trabalho realizado por auditorias técnicas destinadas a cada setor do governo. Mas o ideal é fazer uma auditoria mais ampla a partir do apresentado por essas [auditorias] técnicas", disse Aguiar.
O turismo do esporte
Veja a tabela ao lado com os preços das diárias do hotel:
Expedição Amazônia II
Mas assegurou que as indústrias madeireiras que já têm projetos de manejo florestal para retirada selecionada de árvores para serem beneficiadas, não serão prejudicadas.
Marina Silva não admitiu que os dados do INPE estejam errados quanto a área desmatada em Mato Grosso, como afirma o governador.
Fonte: Só Notícias
Ética, essa desconhecida
Aquilo que se temia aconteceu: a Comissão de Ética Pública da Presidência da República está sendo inteiramente desautorizada.
Há sete meses recomendou ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, (foto) que escolhesse entre ser ministro e ser presidente do PDT, atividades incompatíveis, segundo entendimento da Comissão.
Primeiro, Lupi fez cara de paisagem, depois desprezou as advertências da Comissão e finalmente partiu para o confronto, agredindo o presidente da Comissão, como se fosse uma implicância pessoal contra ele, Lupi.
Não custa lembrar: a Comissão de Ética Pública da Presidência da República elaborou o Código de Conduta da Alta Administração Pública, que as autoridades se comprometem a respeitar quando assumem um cargo.
Mas Lupi iniciou uma queda de braço com a Comissão. Declarou que não sai da presidência do PDT e que, do ministério, só o presidente Lula tem poder para demiti-lo.
A Comissão, então, solicitou ao presidente da República que demita o ministro, mas o pedido dorme na mesa de Lula desde o final do ano passado. (Ver post aqui publicado em 20.12.2007).
O problema é que o desprezo às recomendações da Comissão se alastra pelo governo. Outras autoridades também se julgaram no direito de desafiar a Comissão.
O Carnaval vem aí. Anualmente, a Comissão de Ética relembra às altas autoridades a proibição de aceitarem convites para camarotes de empresas privadas – cervejarias, por exemplo.
Pois neste ano, o elegante ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, já desafiou a Comissão, declarando que vai, sim, freqüentar todos os camarotes para os quais for convidado, públicos ou privados. E que espera ser convidado para muitos.
Agora, a Comissão decidiu enviar à Controladoria Geral da União o processo contra a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que gastou apenas em 2007 mais de 180 mil reais na farra dos cartões corporativos, outro escândalo da República, para o qual parece que ninguém dá bola.
Com isso, a Comissão de Ética demonstra um certo recuo, uma tendência a não entrar em conflito com mais um ministro.
E assim, de desautorização em desautorização, de desafio em desafio, a Comissão de Ética Pública vai sendo desmoralizada.
E caem por terra os esforços para moralizar o comportamento das altas autoridades públicas brasileiras.
Uma pena.
Nelson Jobim na "guerra"
Como não havia nada programado para o fim de semana, todos eles, muito a contra-gosto, tiveram que passar um fim de semana em Paris, com agenda livre e o cartão corporativo no bolso. Que maçante!
Está lá na agenda do Ministro, que por sinal, não tinha nada previsto desde a quinta-feira a tarde, que precedeu a viagem .
A noite o ministro e comitiva jantou com o Presidente da EADS (European Aeronautic, Defence and Space Company), Louis Gallois, não se sabe se por conta deles, ou por nossa conta.
Só na terça-feira, a visita começa de verdade, e aí tomamos conhecimento, que a motivação principal da viagem, é o interesse brasileiro, na compra de um submarino diesel-elétrico da classe Scorpène, por US$ 600 milhões.
Na quarta-feira, Nelson Jobim, Mangabeira Unger e Marco Garcia e o Ministro da Marinha, vão a Toulon, inspecionar o tal submarino. Além do Ministro da Marinha, o que faz essa trupe inspecionando um submarino?
Será que Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, entende também de avião, aeroporto, sucuri e submarino?
Impressionante é que a aventura não para ai, eles estão partindo para a Rússia, vão ter agenda livre em Moscou, e tome cartão corporativo.
Toinho de Passira
A destruição da Amazônia
Era mais que um pito endereçado à ministra Marina Silva, que debitou o recrudescimento dos ataques à floresta a produtores de soja e pecuaristas que contam com o olhar complacente - ou a cumplicidade ativa - dos governadores de Estados que aparecem muito mal no retrato produzido pelo Inpe.
Leia a matéria no Jornal do Brasil online
Outro ministro descontrolado com cartão corporativo
O ministro da Secretaria Especial da Pesca, Altemir Gregolin,(foto) também será investigado pela Controladoria-Geral da União (CGU) por supostos excessos no uso do cartão de crédito corporativo. Segundo a assessoria da CGU, o pedido de investigação foi realizado pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Ontem (28), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República solicitou à CGU a análise dos gastos efetuados com o cartão pela secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência, Matilde Ribeiro.
Segundo o presidente da Comissão de Ética, Marcílio Marques Moreira, o caso da ministra Matilde "pode vir a ser" crime e, como transcende a questão ética, será encaminhado para a Justiça. (leia).
De acordo com a assessoria da CGU, os dois ministros procuraram a entidade hoje (29) para apresentarem documentos com suas respectivas defesas. Apesar da iniciativa, os documentos serão analisados apenas após a formalização do pedido de investigação por parte da Presidência da República junto à CGU. (Erich Decat).
Ano novo e confusões
O ano começa com notícias em vários setores da política, da Justiça, da Economia, do Meio Ambiente etc..
Na política é onde encontramos a melhor e mais promissora novidade. Sai de cena o ministro chefe do TSE Marco Aurélio de Mello, para assumir em seu lugar o ministro Carlos Ayres de Britto.
Existe uma lei já antiga segundo a qual, quem pretender ser candidato e fazer propaganda deve ter a ficha de antecedentes civil e criminal totalmente limpa. Nunca foi respeitada porque, segundo o atual Ministro, “todos são inocentes até que o último recurso seja julgado”. Leve-se em conta o tempo para se chegar ao STF. É grande o número de criminosos livres. Basta o trabalho de competentes advogados.
No setor “meio ambiente” a coisa vem complicada. Todos sabem, tanto no Brasil como no resto do mundo, que as leis de proteção às florestas – particularmente a Amazônia – nunca foram cumpridas integralmente. Em setembro passado tivemos a alvissareira notícia que o desmatamento diminuíra bastante. Já neste mês ficamos sabendo que, na realidade, a destruição aumentou assustadoramente. Assistimos a opiniões diferentes entre ministros e governadores de Estado, em que um diz uma coisa e outro diz outra. Também, com 38 ministérios e milhares de “comissões”, pouco se entendem lá. A verdade é que nada menos de 3000 (três mil) caminhões de madeira são retirados por dia das florestas e todo mundo vê, menos as autoridades. Que está acontecendo?
Vem aí a prometida “reforma tributária”, palavra do presidente e de sua principal ministra. Só que, em ano eleitoral, a certeza é de que nada vai acontecer neste importante setor.
E a Previdência? Já que os invasores do MST terão os mesmos direitos de quem trabalha honestamente, todos os bandidos deveriam o ter os mesmos direitos. Afinal “eles até correm risco de vida em suas ações”. Palavras de Roberto Jefferson.
Novo ano, novos escândalos
Guardadas as fantasias do carnaval, cessados os clarins e o reinado de Momo vão estar de volta ao funcionamento o Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas e as Câmaras de Vereadores. Isto significa dizer que também estarão de volta os escândalos, as amantes mantidas com o dinheiro público, a corrupção, as licitações fraudadas, as propriedades e carros de luxo comprados com o dinheiro da merenda escolar, da saúde e da fome dos miseráveis. È preciso muito cuidado e vigilância até porque durante o período de recesso parlamentar alguns devem ter feito “cursos de especialização” nas “academias” do colombiano Juan Carlos Abadia, ou ainda com o conhecido mafioso italiano Massimo Bonetti. Os mais modestos ficaram por aqui mesmo nas lições de Saulo da Rocinha (o Barão do Pó preso na paradisíaca praia de Maragogi, em Alagoas) ou em “curso por correspondência” com Fernandinho Beira Mar e Marcola. Sinal de que a Polícia Federal vai ter muito trabalho para colocar políticos na cadeia, o Ministério Público para denunciá-los e o Judiciário para sentar em cima de seus processos e cantar versos da marchinha de carnaval... “Daqui não saio daqui ninguém me tira”.
Ministra da igualdade se esbalda com o dinheiro do povo
“Que igualdade que nada, eu quero mesmo rosetar”. Deve ter imaginado a ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria de Políticas de Promoção e Igualdade Racial quando usou o cartão de crédito corporativo do governo para fazer compras pessoais no free shop, na volta de uma de suas muitas viagens ao exterior. O mesmo deve ter feito quando voltou da África, Cuba, Quênia, Congo, Senegal e África do Sul. Trabalhar mesmo ninguém nunca viu a ministra em ação efetiva, mas gastar o dinheiro público ela sabe como poucos. Está comprovado que a ministra da igualdade não é assim tão igual aos simples mortais quando compra com o cartão corporativo em bares, choperias, restaurantes, rotisseries e padarias. O bar Amarelinho, no Rio de Janeiro, que serve o chope mais gelado da cidade ou na padaria Bella Paulista, que fica aberta 24 horas por dia e é freqüentada por boêmios e notívagos paulistanos ( gosto desta padaria, só que é boa, mas muito cara).Os restaurantes italianos, árabes e japoneses são os preferidos do cartão da doce Matilde.O mesmo cartão esteve no luxuoso Hotel Pestana, um cinco estrela na praia de Copacabana, por 22 vezes, só no ano passado.Onde está a ética da ministra? Mergulhada no charco putrefato do governo petista?
Governo desconfia do governo
Não é só Matilde Ribeiro que usa e abusa do cartão corporativo. Esta semana aparece mais um companheiro em suas estripulias. A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, pediu a CGU que investigue o ministro da Pesca, Altemir Gregolim, também por suposto uso irregular do dinheiro público. O Tribunal de Contas da União tem informações consistentes do uso irregular do cartão corporativo por agentes do governo, inclusive a presidência da República. O governo gastou em apenas um ano mais de R$ 75 milhões com compras feitas pelos suspeitos cartões.
E assim vamos nós levando a vida, rodeados de novos escândalos a cada dia, patrocinados por um governo despreparado e aparelhado para a corrupção e de políticos cujas metas perseguidas são o poder e o dinheiro sujo das negociatas de balcão de bordel, dispostos a afrontar a todos com seus atos de corrupções e crimes hediondos contra a miséria do povo.
Expedição Amazônia
Pelo olhar da ministra para o governador, será que ela gostou do que viu???
No sobrevôo, a constatação de desmatamentos no MT
A ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, e o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), decolaram às 11 horas desta quarta-feira, 30, em um helicóptero do Exército da pista de pouso de Marcelândia para um sobrevôo na região. Marina estava acompanhada do ministro Tarso Genro. O objetivo seria a constatação de desmatamentos na região. Marcelândia está na relação dos 36 municípios que mais desmataram, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O avião Sêneca decolou de Canarana e, a 300 km por hora, demorou 40 minutos para cruzar o Xingu de leste para oeste, tão grande é o parque. Havia nuvens, mas foi possível ver áreas alagadiças e identificas o rio Xingu, largo e escuro, serpenteando a floresta. Áreas alagadiças lembravam o Pantanal. No meio da mata, um rasgo em terra. O piloto explicou que era uma pista de pouso usada pelas equipes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para dar atendimento nas aldeias.
Não se viu, de uma altura de 1.800 metros, sinal de vida humana, nem mesmo das várias tribos que habitam o lugar. Uma grande lavoura de soja recortando a mata foi o sinal de que tínhamos deixado o parque. As divisas estão bastante ocupadas. O fotógrafo José Francisco Diório chamou a atenção para uma grande área destruída pelo fogo. “É bem recente, pois o chão ainda está escuro e há troncos queimados”, observou. Nas proximidades de Marcelândia, proliferam serrarias e, na maioria, há fornos para carvão. Não se via, porém, fogo ou fumaça – talvez em função da visita do governador e dos ministros.
Os pecados da carne
Nessa lista o Ministério da Agricultura deveria apresentar 300 fazendas, mas enviou uma com 2.861 propriedades, alegando que não teria como escolher algumas sendo que todas estariam dentro das exigências internacionais.
As exportações de carne bovina do Brasil somaram US$ 4,5 bilhões em 2007, 15% a mais do que no ano passado, segundo dados divulgados segunda-feira passada pela Abiec (Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne).
O vestido de noiva
Rosinha vai casar e para isso precisa de um vestido. Conhece várias costureiras, mas não sabe para qual delas entregar a responsabilidade de costurar seu vestido. Pensou, pensou, pensou...pensou mais um pouquinho e resolveu. Teve um estalo e num rompante, disse:
- Vou fazer uma concorrência.
Todos acharam a idéia maravilhosa. Rosinha então sentou à mesa e começou a escrever:
- "Contrata-se uma costureira que faça vestido de noiva. A escolhida será a que cobrar o menor preço. O vestido deve ser branco, lindo e com rendinha". Pronto!, disse Rosinha. Vou publicar no jornal e depois é só esperar os telefonemas.
- Mas Rosinha, como você vai escolher pelo menor preço?, argumentou sua mãe, a Dona Santinha. No anúncio você não diz se quer seu vestido longo ou curto, de tafetá ou de chita.
Rosinha pensou, pensou...a senhora tem razão. Vou escrever outro anúncio.
- "Contrata-se uma costureira que faça um vestido de noiva. A escolhida será a que cobrar o menor preço. O vestido deve ser branco, em tecido tafetá de seda pura, com 5 botões de cristal e 15 metros de véu. O vestido deve ser lindo e entregue dois dias antes do casamento. A costureira deverá se comprometer em entregar o vestido e garantir que o noivo cumpra com sua função na noite de núpcias".
Mas Rosinha, onde já se viu? Como é que a costureira pode garantir um serviço que não é seu? Como é que com agulha, linha e tecido, ela pode garantir que seu noivo funcione na noite de núpcias?
A historinha acima parece mesmo um absurdo. A Dona Santinha tem toda razão do mundo. Lembrei-me desse caso da Rosinha esta semana ao tentar entender o impasse na licitação da prefeitura de Cuiabá para contratação de serviços de coleta de lixo.
Não foi por falta de explicação, isso não. Falei com todas as partes. Prefeitura, aterro sanitário, empresa que entrou com pedido de liminar, ministério público, enfim, só não consegui falar com ninguém da empresa que presta o serviço atualmente, a Qualix. Liguei pra lá antes de ligar para qualquer lugar. Imaginei que lá eu tiraria minhas dúvidas sobre o serviço de coleta, pensei até que haveria alguém para rebater as alegações que constam da liminar que suspendeu a licitação. A telefonista me passou para uma funcionária que me informou não ter autorização para dar entrevista. Bem, eu não queria propriamente uma entrevista, queria informações que qualquer cidadão que paga pelo serviço merece ter. Mas tudo bem. Apesar de essa atitude ter me deixado encafifada.
De tudo que li, ouvi e entendi, a licitação pretende contratar prestação de serviço e obras no mesmo objeto. Exige que a empresa pretendente tenha em sua estrutura pessoal qualificado, técnicos responsáveis e habilitados para o serviço de coleta e tratamento do lixo, porém, que tenha também as exigências necessárias para tocar obras, até de asfalto. Agora eu pergunto: quantas empresas que prestam serviço de coleta de lixo possuem em sua estrutura uma construtora?
Ou seja, a prefeitura de Cuiabá quer que a costureira faça o vestido e ainda garanta o funcionamento do noivo.
É ... depois conto mais.
Um absurdo
Rio dirigiu licitação do PAC, diz construtora
Para empresa, exigências podem afetar escolha; empreiteiras que doaram para governador estão em consórcios aprovados
Uma construtora que foi desclassificada da licitação das obras do PAC (Programa Aceleração do Crescimento) em favelas do Rio acusa o governo do Estado de direcionamento do edital. A Construcap-CCPS Engenharia e Comércio aponta, em recurso à Secretaria de Obras do Rio, exigências que, segundo ela, servem para direcionar o resultado. O consórcio da empreiteira não foi habilitado para participar da disputa.
Os três consórcios aprovados têm em sua composição empresa doadora à campanha do PMDB no Rio -partido do governador Sérgio Cabral Filho. O governo do Estado nega qualquer direcionamento.
O pedido de impugnação foi feito em janeiro, após a publicação da segunda errata ao edital. A secretaria exigiu, por exemplo, que as empresas comprovassem realização de obras com "fornecimento e assentamento de tubo flexível estruturado de PVC para drenagem de águas pluviais, com diâmetro mínimo de 400 milímetros".
"A questão do material utilizado ser ou não PVC não importa, uma vez que não há diferença técnica na execução. Para comprovar a experiência anterior no referido serviço, bastaria a demonstração dos serviços acima, em qualquer material similar", diz o recurso.
De acordo com a Secretaria de Obras, que rejeitou o recurso e deu prosseguimento ao processo de licitação, o material foi escolhido por ser "de fácil adaptação nas áreas íngremes e de difícil acesso". Questionada se era a única opção, a secretaria não respondeu.
A Carioca Engenharia, do consórcio Novos Tempos (com Queiroz Galvão e Caenge), doou R$ 1,4 milhão para a campanha de Cabral. A Construtora OAS, do consórcio Rio Melhor (com Norberto Odebrecht e Delta), doou R$ 1,6 milhão. A EIT (consorciada com Andrade Gutierrez e Camter) doou R$ 200 mil ao PMDB no Rio.
O consórcio da Construcap não possui doadores à campanha de Cabral. A Sanerio, outra empresa que tenta participar da licitação, também não doou. Ambos foram inabilitadas por não atender às exigências.
A licitação está dividida em três lotes: Rocinha, Manguinhos e Complexo do Alemão. A previsão de gasto no total é de R$ 859,9 milhões. O resultado da análise técnica foi divulgado na quarta. As empresas reprovadas podem recorrer até hoje.
A empresa questionou também a necessidade de comprovar qualificação técnica para construção e montagem de teleférico, uma das marcas do projeto no Complexo do Alemão. Para a empreiteira, trata-se de um serviço específico que não precisa ser realizado pela empresa vencedora.
Fonte: Folha de São Paulo (assinante clique aqui)
Verificando o estrago
Carnaval de Salvador é para quem tem cifrão
As autoridades públicas baianas sempre insistiram em afirmar que o carnaval de Salvador é o maior do planeta. O marketing governamental baiano, ao estilo de água mole em pedra dura tanto bate até que fura, conseguiu incutir na mídia que isso era verdade.
Para os bons observadores o buraco é mais embaixo. Basta ver o noticiário dos fins de semana que antecedem o Carnaval para se ver onde está a verdade.
Enquanto, milhares de foliões enchem as ruas de Manaus, Recife, Santos, Olinda e Rio de Janeiro, com blocos desfilando nos fins de semana, em Salvador a movimentação se restringe a festas privadas: as famigeradas feijoadas carnavalescas repletas de convidados globais. É o carnaval dos endinheirados.
Continua tudo como d’antes no quartel de Abrantes. Parece que o novo governo concorda com tudo o que era feito pelos antecessores.
Em 2007 não houve cobrança, pois os governos tomam posse dias antes do Carnaval. Não haveria tempo hábil para nenhuma mudança. Agora, com um ano de governo, não se pode mais ser condescendente.
Salvador vai fazer mais um carnaval para os endinheirados. O povo que se lixe. Vai continuar espremido entre as paredes dos camarotes e as cordas dos blocos com trio.
As autoridades públicas da Bahia não se esforçam para trazer de volta o que já foi um carnaval de todos. Até o início dos anos 80, o carnaval de Salvador, tinha conjuntos de mascarados (os clóvis do carnaval carioca), de irreverentes jovens que vestiam mortalhas com dizeres de duplo sentido, blocos de sujos com as tradicionais bandinhas de chupa-catarro e os trios elétricos Marajós, Tapajós, Dodô e Osmar e outros que arrastavam multidões de foliões, sem as indefectíveis cordas, pelas ruas da Cidade Alta. A única coisa que resiste é a Mudança do Garcia, que na segunda-feira de Carnaval quebra o pau para entrar na passarela dos camarotes do Campo Grande, proporcionando ao povão um pouco de alegria, fora isso ao povo nada.
Os governos do Rio de Janeiro e Pernambuco, ao contrário dos da Bahia, nunca deixaram a bola cair. Sempre usaram o poder para assegurar a participação popular nos carnavais. O Galo da Madrugada e Sovaco de Cristo são dois exemplos, um pernambucano e o outro carioca. Poderia listar milhares de exemplos por todo o país. Esses dois estão de bom tamanho.
Na Bahia aconteceu o contrário. Privatizaram a folia. As autoridades públicas entregaram os festejos de Momo aos empresários do axé. Na ânsia de cada um aparecer mais, decidiram trazer personalidades internacionais para “abrilhantar” a festa dos endinheirados. Esse ano, o arroz de festa será a modelo Naomi Campbell, que no momento desfila com Hugo Chávez a tiracolo pelas ruas de Caracas.
É por isso, que Otávio Mangabeira cunhou a frase: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”.
Pajelança nos Tribunais
A maioria dos tribunais brasileiros tem cruzes cristãs enfeitando seus plenários, gabinetes ou espaços de convívio. E tribunais dos mais diversos – desde arbitrais, judiciais, de contas, enfim, toda a reunião de julgadores ou até mesmo administrações como o Ministério Público ou Ordem dos Advogados, está lá Jesus Cristo pregado na parede, completamente imóvel, passando a mensagem cristã, quando não católica, aos operadores que se valem dos serviços públicos. Mesmo na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal, jaz na cruz a imagem de Jesus, certamente num protesto silencioso contra o que se passa por aquelas bandas.
E o que dizer dos professores de “ensino religioso” que são, na verdade, padres da Igreja Católica, ou pastores, bispos ou outro cargo qualquer de patentes sobrenaturais da mais alta galhardia? Ora, se eu quiser matricular o filho numa escola religiosa, certamente gostaria da educação voltada para os valores vocacionais ou regulamentares das posturas daquele colégio. Mas, no ensino público, onde todos devem ter liberdade suficiente para optar, não sendo teleguiados ao sabor dos rebanhos mais ou menos expressivos? E como fica essa massa marginalizada de budistas, umbandistas, islâmicos, ateus, hindus, que não têm direito à valorização de suas crenças no espaço democrático público?
O fundamento do estado leigo é o distanciamento institucional de vetores religiosos e separação absoluta das orientações doutrinárias majoritárias nacionais com as políticas públicas. Ensinar religião na escola não significa de forma alguma ministrar valores cristãos e sim ponderar sobre metafísica e história de todas as maiores e mais relevantes vertentes da humanidade. Crer no Messias e identificá-lo à figura de Jesus Nazareno é lugar-comum na América Latina, o que não confere a ninguém o direito de induzir semióticas cristãs no imaginário popular.
É que, para o cidadão comum, ao se deparar com símbolos-conceito em locais republicanos, evidentemente que imbricar um valor com outro é natural conseqüência. Assim, os juízes costumam se apropriar de imagens religiosas para fazer crer ao público no ofício misto de pajé, invocando forças sobrenaturais para si, identificando-o mesmo com certas divindades. Assim, é a clássica Têmis um tanto surrada pelo mau-gosto das aplicações vulgares em timbres e estátuas carnavalescas; da mesma forma, mais pudico e discreto, lá está também Jesus Cristo, fundador de uma dissensão religiosa judaica que certamente condenaria o uso de símbolos pagãos como a Têmis justiceira.
Vez por outra, há juízes que levam bíblias para audiências públicas, sessões de julgamento, chegando ao cúmulo de arriscar um versículo ou uma lição de moral emersa dos textos antigos. Mil vezes equivocados os magistrados que pretendem inculcar qualquer valor transcendental em suas sentenças, misturando o aspecto legal com obscuras interpretações religiosas. Questões atinentes à fé são pessoais ou comunitárias, mas jamais se confundem com as funções administrativas da República; podem até ser alvo de discussão, debate, polêmica, mediação, mas nunca integrar-se no arcabouço simbólico institucional.
Nem se diga ser a cruz um elemento cultural imanente da população brasileira. Não. Porque nossa sociedade, embora essencialmente cristã, com católicos mais escriturados do que fervorosos, está assentada sobre pilares constitucionais que vedam manifestações institucionais de apreço ou preferência desta ou daquela corrente religiosa. Imaginem os leitores se cada parlamentar seguidor de outra enorme vertente religiosa pudesse inserir no plenário do Congresso Nacional o seu totem: teríamos ao lado da cruz, um buda, uma lua crescente, um elefante, um caboclo e toda a pletora de liturgias divorciadas do republicanismo laico.
Muita gente não entende o fundamento da república. Eu mesmo sou católico, freqüento missa, acredito na salvação cristã, comungo pela remissão de pecados, batizado, crismado, casado e toda a parafernália ritualística católica, mas não posso admitir o uso de enfeites religiosos que adornam espaços públicos. Uma coisa é a fé pessoal ou comunitária capaz de nos reunir semanalmente em torno do mistério da presença divina, com ou sem intermediários, outra coisa muito diferente é sugerir ao público que os poderes republicanos adotam determinada linha religiosa ou aprovam passivamente o escambo entre ofícios públicos e dons místicos.
Juiz não é deus, advogado não é padre, promotor não é diácono, defensor público não é presbítero. Somos todos, um conjunto de profissionais essenciais à administração da Justiça. E é só. Se seremos salvos ou não, arderemos no mármore do inferno ou não, brindando no paraíso ou nirvana ou amargando o fel e sentindo pontadas de tridentes, pelos bons ou maus atos praticados, isso é uma outra história.